8 meses só fazendo anal?
- lizzysweet
- 8 de ago. de 2019
- 3 min de leitura

Na minha iniciação como GP trabalhei por alguns meses fazendo apenas anal, sem penetração vaginal, pois tinha tido dificuldades em manter relação sem dor 95% das vezes em que já tinha feito e não quis levar essa dificuldade para o trabalho. Só precisava de lubrificante e brinquedinhos pra lacear o ânus, às vezes passava um pouco de anestésico, e dava tudo certo!
Quando iniciei na prostituição já tinham se passado algo em torno três de anos sem fazer vaginal, por isso estava totalmente desacostumada e com a impressão de que se tentasse iria sentir muita dor. Dizia aos clientes que era 100% anal por conta de um desconforto que sofria quando tentava a penetração pela frente.
Para mim era apenas uma escolha, acreditava ser boa no meu trabalho, mesmo com essa especificidade. Sendo sincera, só comecei a enxergar que talvez eu fosse realmente esquisita nesse aspecto quando já estava farta de ser alvo de questionamentos e deboches em um certo reduto sobre GPs na internet, no qual fui questionada, menosprezada e ridicularizada pela minha condição. Infelizmente alguns comentários me desestabilizaram deixando sequelas na minha autoestima até hoje, na época decidi parar de atender devido à ansiedade e tristeza constantes, precisei iniciar terapia e tudo mais... Acabei voltando à ativa algum tempo depois por estar sentindo falta da rotina de puta, mas fiquei saindo somente com os fixos.
Como a vida é cheia de surpresas e nem tudo é como pensamos ou planejamos, foi numa consulta com uma ginecologista diferente da que costumava ir que algo mexeu comigo. Ouvi que, devido ao meu pânico no momento do exame, era possível que tivesse uma disfunção, algo a ver com vaginismo. Ainda no caminho de casa pesquisei e descobri que essa disfunção poderia ter várias causas (abuso sexual, educação familiar rígida, uma primeira vez traumática, etc), tratando-se de contrações involuntárias dos músculos próximos à vagina, sendo essas contrações a raiz do incômodo.
Além de física, a dor era também psicológica. Li histórias de mulheres casadas há muitos anos que nunca tinham conseguido completar um ato sexual com seus maridos, vi casos de muitas que sofriam forte incômodo durante o sexo, mas suportavam por terem vergonha de reclamarem e parecerem frescas ou frígidas.
Admito que me sentia realizada fazendo somente anal, conseguia sentir prazer na grande maioria dos atendimentos e ficava molhada até escorrer em praticamente todos eles, mas ainda assim decidi realizar um tratamento indicado pela médica, baseado em sessões de fisioterapia uroginecológica. Tive poucos encontros com a fisioterapeuta e logo percebi melhoras. Fazíamos exercícios com dilatadores vaginais e também me era ensinado como respirar corretamente para que eu conseguisse ficar calma na hora da penetração.
Passei a pedir aos clientes de pau menor para me ajudarem, pedia pra colocarem dentro de mim bem aos pouquinhos enquanto eu tentava relaxar e não travar as pernas. Eles me ajudaram muito mesmo, rsrs, com certeza a prática levou a perfeição! Em menos de dois meses já me sentia curada, conseguia ter relação normal e podia dizer que era "completinha", não por incluir anal mas sim o vaginal mesmo, rsrsrs.
Hoje em dia não tenho mais a mesma aptidão para anal do que antes, visto que não faço na mesma frequência, o que acaba deixando o buraquinho mais apertado. Anal é bom quando ele está mais aberto, assim o pau entra mais fácil e o prazer é maior... Mas ainda assim estando mais apertado continuo tentando e fazendo. Depois que bota e acostuma lá dentro, fica uma delícia...
Fico feliz de ter resolvido o meu "problema", mas não concordo que devesse ter sido reduzida a quantidade de orifícios que pudesse utilizar sexualmente. Sei que, como seres humanos, somos seres sexuais, e reconheço minha circunstância como prestadora de serviço, mas como mulher sou uma pessoa completa e não somente um buraco. É uma pena que tantos não tenham notado isso.
Bem, para finalizar restam algumas dicas: rapazes, não forcem a barra, a garota pode estar sentindo dor de verdade, pare de tentar penetrar caso ela peça; mulheres, caso tenham a mesma dificuldade que eu tive, procurem tratamento e terapia, ajuda muito e sei que conseguirão superar todo e qualquer trauma.
Beijinhos 🙆🏼♀️❤
Comentarios